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#16 Lucas Santos do “Fui lá e fiz”: de gerente de loja a especialista financeiro

Em mais um episódio do Pobre Show, Eduardo Feldberg recebeu Lucas Santos, criador do Canal Fui Lá e Fiz – um jovem de 28 anos que transformou sua frustração com o sistema tradicional de educação em uma missão de ensinar finanças de forma simples e acessível. Por que você precisa assistir este episódio: “Eu era péssimo aluno, nem tinha ambição. Mas quando comecei a ler sobre educação financeira, descobri um mundo além do ‘estuda, faz faculdade, arruma emprego’. Meu pai sempre foi um cara extremamente estudioso, mas nunca foi de tomar risco. Eu herdei o amor pelo estudo e desenvolvi o gosto pelo risco calculado.” Da publicidade ao mercado financeiro Formado em Publicidade e Propaganda, Lucas entrou na faculdade mais pela pressão social do que por vocação. “Com 18 anos você sente aquela pressão da família, de todo mundo falando que você precisa ser alguém”, relembra. “Eu escolhi publicidade porque gostava de me comunicar, mas não entrei querendo montar uma agência.” A virada aconteceu quando, faltando um ano para se formar, começou a questionar se aquele era realmente seu caminho. “Comecei a olhar para o que eu estava fazendo e pensei: será que é isso mesmo? Será que eu quero ser um publicitário?” Foi nessa época que descobriu canais de investimento e mindset no YouTube. O primeiro livro que mudou sua perspectiva foi “O Segredo da Mente Milionária”. “Eu vim de família humilde, meu pai e minha mãe não têm uma boa educação financeira, não foram ensinados a empreender. Então eles me ensinaram o caminho tradicional: estuda, faz faculdade, arruma emprego.” Da teoria à prática Trabalhando como gerente de loja, Lucas percebeu que tinha chegado ao teto de sua carreira. “Eu até ganhava um salário bom, mas não tinha mais para onde subir. E quanto mais eu lia, mais eu aprendia que precisava encontrar algo que me fizesse ganhar dinheiro enquanto dormia.” A oportunidade surgiu quando um amigo que já investia ofereceu uma mentoria gratuita. “Ele me ensinou sobre CDB, ações, todo esse mundo que eu não conhecia. Foi ali que percebi que poderia fazer algo diferente.” O Caminho até o YouTube O Canal Fui Lá e Fiz nasceu de uma confluência de fatores: o incentivo da esposa Larissa e da sogra (ambas youtubers), a vontade de compartilhar conhecimento e um momento de autodesafio. “O nome veio porque eu estava lendo um livro chamado ‘Vai Lá e Faz’. Pensei: se estou lendo sobre fazer acontecer, vou criar um canal chamado ‘Fui Lá e Fiz’ como resposta.” Mas o início foi marcado por inseguranças. “Eu pensava: trabalho na CLT, tenho um pouquinho de dinheiro guardado no CDB, o que vou ensinar pra uma pessoa que investe? Então comecei falando sobre o que eu sabia no momento: mentalidade e empreendedorismo.” “Tem um Warren Buffett que fala: se você não encontrar algo que te faça ganhar dinheiro enquanto dorme, vai trabalhar até morrer. Isso martelava na minha cabeça.” O guia definitivo para negociar dívidas Um dos vídeos mais virais do canal nasceu de uma experiência pessoal com dívidas. Lucas desenvolveu um método infalível para negociação: “O banco nunca negocia com bom pagador. Se você mostra que tem interesse em pagar, eles não reduzem. Eles só negociam quando acham que perderam o dinheiro”, explica. Como avaliar um banco antes de investir Lucas compartilhou um checklist valioso para avaliar instituições financeiras: “O Banco Central exige mínimo de 11% de Basileia. Significa que a cada 100 reais que o banco empresta, ele precisa ter pelo menos 11 reais em caixa. Quanto maior esse número, mais seguro o banco é.” As armadilhas dos bancões Lucas alerta sobre produtos problemáticos como o COE (Certificado de Operações Estruturadas): “É como se fosse uma aposta que o banco está fazendo em ações ou índices. Por que investir em um produto sem liquidez, sem garantia, com risco de perda total?” Apps e ferramentas para investir melhor Para encontrar os melhores investimentos sem precisar abrir conta em várias corretoras, Lucas recomenda dois aplicativos: “Não precisa ficar abrindo conta em todo lugar. Use esses apps para ter uma noção do mercado e depois vá direto na instituição que oferece o melhor rendimento.” Uma família de youtubers Junto com sua esposa Larissa (que tem um canal sobre etiqueta) e a sogra (também criadora de conteúdo), Lucas descobriu que é possível equilibrar vida pessoal e profissional mesmo quando todos trabalham com internet. “A gente mescla os horários, cada um tem seu equipamento. No começo era complicado, mas hoje já temos uma dinâmica. O mais importante é manter o equilíbrio entre os pilares: espiritual, profissional, financeiro e relacionamentos.” “Quanto mais formas eu conseguir de atingir outras pessoas com educação financeira, melhor. É um negócio sensacional.” Dicas práticas para iniciantes Hoje, além do canal no YouTube, Lucas mantém perfis como “Canal Fui Lá e Fiz” no Instagram e TikTok. Seu sonho? “Atingir a liberdade financeira, não só em relação ao dinheiro, mas em todos os aspectos da vida.” E um alerta importante: com o sucesso, vieram os golpistas. “É incrível como as pessoas não compram um curso oficial de R$100, mas mandam R$1.000 para um perfil fake que escreve tudo em inglês.” Para seguir Lucas e aprender mais sobre investimentos, procure “Canal Fui Lá e Fiz” nas redes sociais – sem underlines ou números, para evitar fakes. E para participar de promoções exclusivas e ter acesso a brindes especiais dos nossos convidados, torne-se membro do Pobre Show agora mesmo! VOCÊ JÁ SE INSCREVEU NOS CANAIS DO POBRE SHOW? O Pobre Show é um novo e divertido formato que mistura a conversa descontraída típica dos podcasts com elementos de programa de televisão e entretenimento ao vivo. Apresentado pelo Eduardo Feldberg, o Primo Pobre. Toda segunda tem episódio novo às 20h no nosso canal do Youtube, com convidados especiais e prêmios para a audiência. Todos são bem-vindos no Pobre Show e nosso papo sempre será sobre o que há de bom, engraçado e humano em cada um – ricos ou pobres. SIGA @POBRESHOW NO INSTAGRAM SIGA @POBRE_SHOW NO TIKTOK

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#15 Lucas Pit: Do punk rock ao mercado financeiro

Quem é Lucas Pit? Se você pensa que analista financeiro tem que ser aquele cara engomadinho falando palavras difíceis, precisa conhecer Lucas Pit. Empresário, youtuber e ex-baterista de rock, ele revolucionou o mercado financeiro brasileiro com um estilo único: ensina sobre investimentos enquanto toma “água que passarinho não bebe” e faz vídeos descontraídos para mais de 2 milhões de seguidores. Mas a história desse economista formado pela PUC que hoje comanda uma das maiores casas de análise do Brasil começou bem diferente: como filho de um engenheiro CLT que sacrificava tudo para dar boa educação ao filho. Por que você precisa assistir este episódio? “Eu tinha um Audi A5 que tive que vender em um dia. No mercado de derivativos, quando vem a trolha, ela vem quando você está mais posicionado. Porque você vai ganhando, ganhando, ganhando… e a hora que vem a manjuba, ela vem gigantesca.” Do Bandeirantes para o mercado financeiro “Eu era péssimo aluno, nem tinha ambição. Minha esposa era a melhor da sala e eu o pior. Achei minha tia da lancha!”, brinca Lucas ao lembrar dos tempos de escola. Filho de um engenheiro da Braskem que controlava gastos com um software da Microsoft em 1999, Lucas cresceu vendo o pai abrir mão de carros e móveis para investir em educação. A virada veio quando, ainda na quinta série, visitou a Bolsa de Valores com a escola. Ver o trading floor, onde operadores gritavam comprando e vendendo ações, plantou uma semente que só floresceria anos depois. Primeiro, tentou a carreira de músico: “Eu era frila, tocava batera pra sertanejo, pra banda de metal. Mas depois eles perceberam que eu gostava de vodka e começaram a pagar em combo de vodka, ao invés de cachê.” “Todo mundo tem 24 horas no dia. Você vai ter que dormir menos, sair menos, abrir mão de alguma coisa se quiser ampliar o leque. E quanto mais você ampliar o leque, maior a segurança que você tem.” A queda que virou oportunidade Em maio de 2017, no auge do sucesso como trader, veio o baque: um áudio vazado do então presidente Temer com Joesley Batista derrubou a bolsa. “No primeiro refresh que dei na corretora estava lá: menos R$150 mil. Foi um sentimento de impotência bizarro.” Naquele dia, escreveu num papel: quando recuperasse aquele dinheiro, pararia com operações de risco e começaria a ensinar pessoas. “O jogo especulativo é soma zero – se eu ganho, você perde. Chega uma hora que cansa. É tipo ir ao cassino todos os dias.” As melhores histórias do episódio Lucas começou como aquele menino estudioso que participava de Olimpíada de Matemática e estudava no Bandeirantes, um dos colégios mais prestigiados de São Paulo. Filho de um engenheiro que controlava gastos em planilha Excel desde 1999, ele cresceu vendo o pai abrir mão de conforto para investir em educação. Mas a vida deu uma reviravolta quando descobriu o rock e a música – virou baterista, tocava em bandas de metal e sertanejo, e frequentemente recebia seu cachê em garrafas de vodka ao invés de dinheiro. Em maio de 2017, um único áudio vazado do então presidente Temer com Joesley Batista causou um terremoto no mercado financeiro. Lucas, que operava de forma alavancada, viu seu prejuízo chegar a R$150 mil em questão de minutos. Para cobrir o rombo que precisava ser pago no dia seguinte, teve que vender seu Audi A5, carro dos sonhos, praticamente a preço de banana. Este momento foi um divisor de águas em sua carreira – foi quando decidiu abandonar operações arriscadas e começar a ensinar pessoas. Fã assumido da série Peaky Blinders, Lucas decidiu homenagear o protagonista Tommy Shelby dando seu nome ao filho – decisão que, segundo ele, “deu um pau” com a ex-mulher. Mas como era o primeiro filho homem, ele manteve a escolha. A paternidade, inclusive, mudou completamente sua visão sobre dinheiro e sucesso. Como ele mesmo diz: “Se você perguntar qual o dia mais feliz da minha vida, foi quando meu filho nasceu. Não foi quando comprei um Audi ou aluguei uma cobertura de 20 mil por mês.” Lições valiosas para investidores Para quem está começando, Lucas é direto: Hoje, além de comandar a Inside Research com mais de 12 mil assinantes, Lucas doa toda a receita de seu canal no YouTube para o Instituto Ayrton Senna. “Quando você vai conquistando as coisas, algumas param de fazer sentido. Você busca algo mais profundo.” Para ele, o segredo está em focar no processo, não no resultado: “Já morei em todas as casas que queria, já tive todos os carros que sonhei. Mas se me perguntarem qual o dia mais feliz da minha vida? Foi quando meu filho nasceu.” Quer aprender mais sobre investimentos com Lucas? Siga-o no Instagram (@lucaspit) e YouTube (Pit Money), ou conheça a Inside Research, sua casa de análise que revolucionou o mercado com atendimento humanizado e linguagem acessível. Para participar de promoções exclusivas e ter acesso a brindes especiais dos nossos convidados, torne-se membro do Pobre Show agora mesmo! VOCÊ JÁ SE INSCREVEU NOS CANAIS DO POBRE SHOW? O Pobre Show é um novo e divertido formato que mistura a conversa descontraída típica dos podcasts com elementos de programa de televisão e entretenimento ao vivo. Apresentado pelo Eduardo Feldberg, o Primo Pobre. Toda segunda tem episódio novo às 20h no nosso canal do Youtube, com convidados especiais e prêmios para a audiência. Todos são bem-vindos no Pobre Show e nosso papo sempre será sobre o que há de bom, engraçado e humano em cada um – ricos ou pobres. SIGA @POBRESHOW NO INSTAGRAM SIGA @POBRE_SHOW NO TIKTOK

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#14 Ricardo Martins: o corretor de imóveis de luxo

Quem é Ricardo Martins? Se você acha que corretor de imóveis tem que ser aquele cara engomadinho de terno e gravata, precisa conhecer Ricardo Martins. Com mais de 2,7 milhões de seguidores no TikTok, ele revolucionou o mercado imobiliário vendendo apartamento de R$ 7 milhões… dançando Backstreet Boys! Mas nem sempre foi assim. Há alguns anos, Ricardo era apenas mais um atendente de call center em Goiânia, ganhando pouco mais de mil reais por mês. “Eu era péssimo aluno, nem tinha ambição. Minha esposa era a melhor da sala e eu o pior. Achei minha tia da lancha!”, brinca. Hoje, Ricardo Martins é sócio da MyBroker, uma das maiores imobiliárias do Brasil, com mais de 2 mil corretores e 30 unidades físicas. “Na corretagem, a taxa de conversão é menor do que qualquer outro produto. Você tem que ter couro mais grosso, tem que falar com muita gente, tem que estar disposto a ouvir não. Mas uma venda pode colocar 20 mil reais no seu bolso.” Por que você precisa assistir este episódio? “Na venda de imóveis você tem que atingir o coração. Por isso eu faço entretenimento pra vender. O cara tá desprevenido vendo um vídeo divertido, e quando percebe já se apaixonou pela casa!” Do call center pro TikTok: uma história que parece mentira (mas não é) A história começa com um anúncio de jornal prometendo “perspectiva salarial” de R$ 6 mil como corretor. “Eu ganhava mil reais, pensei: em dois meses faço um ano de salário!”, conta rindo. Mas a realidade foi bem diferente. Nos primeiros oito meses, zero vendas. Até que seu pai, com pena, comprou um imóvel – e depois ainda desistiu! A segunda venda? Mais sete meses de espera. “Minha esposa segurava as pontas em casa. Tá com 20 anos que ela aposta em mim, deu certo!”, celebra. A virada veio quando Ricardo decidiu investir em conhecimento. Começou a ler um livro a cada 15 dias sobre vendas, desenvolvimento pessoal e técnicas de negociação. “No mercado imobiliário a barreira de entrada é baixa, então quando você faz o básico, já está acima da maioria”, explica. Foi pra Disney fazer “enxoval de bebê” com o dinheiro das primeiras vendas (e voltou quebrado), e descobriu que nos EUA o corretor era mais importante que o imóvel. Essa viagem aos Estados Unidos mudou sua visão sobre a profissão. Lá, percebeu que os corretores eram o produto principal, não os imóveis. Trouxe essa mentalidade para o Brasil e foi um dos pioneiros em: “O corretor que só mostra imóvel vai ser substituído por qualquer tecnologia. Mas quem entende que venda é emoção, que cria relacionamento… esse nunca vai ser substituído nem pela inteligência artificial!” Como é possível vender mansão dançando no TikTok? Hoje a MyBroker, empresa onde Ricardo é sócio, tem números impressionantes: Mas o mais incrível é como ele consegue esses resultados: “Fiz um vídeo dançando Backstreet Boys pra vender um apartamento de R$ 7 milhões. E sabe o que aconteceu? Vendeu!” E não é só mansão não. “Quando posto vídeo de apartamento popular, é 3 mil leads de um dia pro outro. Por quê? Porque eu entendo a dor do cara. Eu falo: ‘tá morando com a sogra, né? Imagino que sua vida não tá boa…’ E no final mostro a solução!”, explica aos risos. As melhores histórias do episódio “Para a pessoa mais simples, hoje a forma mais eficiente de juntar patrimônio é com imóvel. Mesmo financiando, o que o imóvel agrega de valor é muito mais compensador do que o juro que você vai pagar.” Dicas para quem quer entrar no mercado imobiliário “Todo mundo é cliente potencial, porque todo mundo mora em algum lugar”, ensina Ricardo. Ele conta que já contratou garçom de shopping, vendedor de loja, gente sem experiência nenhuma – e transformou em corretores de sucesso. E tem história pra provar: uma ex-atendente do Atacadão que ganhava R$ 1.230 entrou na MyBroker e em três meses faturou R$ 90 mil! Para quem sonha em seguir seus passos, Ricardo é direto: não dá para encarar como bico. “É uma escolha empreendedora, a pessoa tem que estar disposta.” Ele cita o exemplo de uma ex-atendente do Atacadão que, em três meses como corretora, faturou R$ 90 mil. O segredo? Entender que venda de imóveis é processo emocional. “A maioria das pessoas no mundo vai comprar um único imóvel durante a vida inteira. Pensa no tamanho da responsabilidade e da carga emocional dessa venda…” Mesmo com todo sucesso material (incluindo Porsche e Mustang na garagem), Ricardo hoje sonha em desenvolver projetos sociais para crianças em países pobres. “Quando você vai conquistando as coisas, algumas param de fazer sentido. Você busca algo mais profundo”, reflete. *** Siga o Ricardo no TikTok e Instagram (@ricardomartinsbrk) e venha transformar sua vida através do conhecimento! Para participar de promoções exclusivas e ter acesso a brindes especiais dos nossos convidados, torne-se membro do Pobre Show agora mesmo! Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a transformarem suas vidas através do conhecimento.

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#13 Gustavo e Adriana Cerbasi: finanças em casal

Em uma edição especial do Pobre Show, o anfitrião Primo Pobre recebeu o casal mais influente da educação financeira no Brasil: Gustavo e Adriana Cerbasi. Gustavo Cerbasi, autor de best-sellers como “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” e referência nacional em planejamento financeiro, junto com sua esposa Adriana, ofereceram uma visão única de como construíram juntos uma vida de sucesso financeiro e pessoal. A história do casal Cerbasi O casal Cerbasi tem uma história que poderia facilmente ser o enredo de um filme sobre amor e superação. Gustavo e Adriana se conheceram quando eram jovens, trabalhando e estudando em uma escola de inglês no bairro da Mooca, em São Paulo. “Eu era recepcionista da escola, ele era aluno. Só que o Gustavo começou a se interessar pela escola e ficava mais tempo do que o necessário”, relembra Adriana com um sorriso. Gustavo complementa: “Comecei a dar aula de inglês, depois virei até coordenador da escola, tudo pra ficar mais tempo perto dela.” O namoro começou de forma despretensiosa, com saídas após as atividades da escola. “A gente saía depois da atividade, ah, vamos comer pizza, vamos no karaokê, vamos sair pra dançar”, conta Adriana. As caronas de Gustavo se tornaram rotina e, aos poucos, o relacionamento foi se solidificando. No entanto, a vida não era fácil para o jovem casal. Ambos vinham de famílias humildes e enfrentavam desafios financeiros. Gustavo estudava administração e fazia estágios, enquanto Adriana trabalhava e pagava sua própria faculdade. “A gente fazia conta para conseguir toda sexta-feira sair. O que era para nós um jantar fora? Era comer um hot dog prensado na frente da faculdade”, revela Gustavo. As viagens, quando aconteciam, eram fruto de meses de economia e planejamento cuidadoso. Mesmo com recursos limitados, o casal encontrava maneiras criativas de aproveitar a vida. Gustavo conta sobre suas viagens econômicas: “A gente ia pra um lugar chamado Monte Verde, sul de Minas Gerais. Qual que era a nossa estratégia? Leva um monte de presunto e mussarela, compra pão ali na estrada antes de chegar na cidade.” Esta mentalidade de fazer o máximo com o mínimo seria fundamental para o futuro sucesso do casal. Eles aprenderam desde cedo a valorizar experiências acima de posses materiais, uma filosofia que Gustavo viria a pregar em seus livros e palestras anos mais tarde. O caminho para o sucesso não foi linear. Gustavo inicialmente planejava seguir carreira na administração pública, mas o destino tinha outros planos. Sua habilidade em explicar conceitos financeiros complexos de forma simples o levou a dar aulas e, eventualmente, a escrever seu primeiro livro sobre finanças pessoais. “Eu comecei a falar daquele assunto nas aulas de contabilidade que eu dava. Como eu sabia que os alunos não gostavam, eu comecei a usar exemplos de finanças pessoais”, explica Gustavo. Esta abordagem inovadora chamou a atenção dos alunos e, posteriormente, de uma editora. Enquanto isso, Adriana construía sua própria carreira na área de vendas, chegando a viajar extensivamente pelo Brasil. A decisão de parar de trabalhar veio com a chegada do primeiro filho do casal, uma escolha que reflete a importância que ambos dão à família. Ao longo dos anos, o casal enfrentou desafios juntos, sempre com uma visão de longo prazo. “A gente sempre preferiu gastar mais com viagens. Poxa, a gente não sabe se essa fase boa vai durar muito tempo, né?”, reflete Gustavo. Finanças para casais Uma das grandes lições que Gustavo e Adriana Cerbasi compartilham é a importância da comunicação aberta e honesta sobre finanças no relacionamento. Desde o início de seu namoro, eles adotaram uma abordagem transparente em relação ao dinheiro. “A gente sempre, desde cedo, conversou”, explica Adriana. “Não vou ter gasolina para encher o tanque, né? Pra gente viajar, é quanto? Então, acho que sempre aconteceu de forma natural.” Gustavo complementa: “Eu sempre procurei sentar com ela e pensar, como a gente faz para melhorar isso?” Esta atitude de enfrentar desafios financeiros juntos, como uma equipe, foi fundamental para o sucesso do casal. Um dos momentos cruciais na jornada financeira dos Cerbasi foi quando decidiram se casar. Enfrentando o alto custo de um casamento tradicional, que equivalia a 20 vezes sua renda mensal conjunta, eles optaram por um plano ousado: “O que eu estou dizendo aqui é que a gente tem que poupar 75% da nossa renda durante dois anos para pagar o casamento”, relembra Gustavo. Surpreendentemente, Adriana aceitou o desafio, demonstrando a disposição do casal em fazer sacrifícios por objetivos comuns. Esta experiência moldou a filosofia financeira dos Cerbasi. Gustavo explica: “Aquele sacrifício que era muito grande, nosso amigo falava, ‘pô, a gente precisa dormir no fim de semana, a gente trabalha muito, a gente precisa descansar’. Não, a gente não vai tirar férias esses dois anos porque vai ter uma lua de mel lá na frente.” Equilíbrio entre sonhos individuais e objetivos conjuntos Uma das chaves para o sucesso financeiro e pessoal dos Cerbasi é o equilíbrio entre objetivos individuais e conjuntos. Gustavo enfatiza a importância de não anular os sonhos individuais em prol da família: “O que é o modelo ideal? O modelo ideal é o casal entender que ambos contribuem para um projeto. Talvez eu contribua trazendo 3 mil pro lar, ela contribua com 1 mil ou com 5 mil, não importa, mas qual que é a contribuição total? É a soma. Nós somos uma família.” Ele acrescenta: “Nós temos que construir três tipos de projetos. Meus projetos, os projetos dela e os projetos de família.” Esta abordagem equilibrada ajuda a manter a individualidade dentro do relacionamento, evitando ressentimentos futuros. A importância de falar sobre sonhos Para os Cerbasi, a comunicação sobre finanças vai muito além de discutir gastos e orçamentos. Gustavo enfatiza: “Por isso que em um dos meus livros, O Segredo dos Casais Inteligentes, eu coloco que falar sobre dinheiro não é perguntar quanto cada um gastou. É perguntar, você tá feliz?” Ele acrescenta: “Quantas vezes por semana a gente se pergunta, você tá feliz? Como a gente pode melhorar isso aqui? Como a gente elimina alguma

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#12 Kid Investor: o jovem empreendedor Felipe Molero

Felipe Molero não é um adolescente comum. Aos 14 anos de idade, ele já é dono de quatro empresas, palestrante, investidor e criador de conteúdo sobre educação financeira. Sua história inspiradora mostra como a determinação e o conhecimento podem transformar a vida de uma pessoa, independentemente da idade. Em uma entrevista exclusiva ao Pobre Show, programa apresentado pelo Primo Pobre, Felipe compartilhou sua jornada empreendedora, que começou aos 9 anos de idade. “Eu sempre mexi muito com rede social. Seguia algumas hashtags, via fotos de carrões, casas bonitas. E eu me perguntava: o que faz uma pessoa realmente ser rica? O que essas pessoas têm de diferente?”, conta o jovem. Os primeiros passos no empreendedorismo A curiosidade levou Felipe a pesquisar sobre as pessoas mais ricas do mundo e descobrir o que elas tinham em comum. “Vi que elas empreendiam e investiam. Então comecei a estudar um pouco mais sobre investimentos”, explica. “Comecei a vender coisas na minha escola quando eu tinha uns 9 anos de idade, porque eu queria fazer essas coisas acontecerem.” O jovem empreendedor começou vendendo balas, chicletes e até livros usados para os colegas de escola. Uma de suas iniciativas mais bem-sucedidas foi uma feira na escola, onde vendeu suco com gelo seco. “Foi a feira que mais vendeu na escola”, lembra com orgulho. Felipe demonstrou desde cedo uma visão empreendedora aguçada, identificando oportunidades de negócio em seu ambiente escolar. Essa habilidade de transformar ideias em ação é uma característica fundamental de empreendedores bem-sucedidos, e Felipe a desenvolveu muito antes da maioria de seus colegas. Do primeiro investimento ao império empresarial Com o dinheiro que ganhou vendendo na escola, Felipe fez seu primeiro investimento aos 10 anos de idade. “O primeiro investimento que eu fiz foi em um fundo imobiliário. Eu comprei KNRI11”, revela. Essa decisão precoce de investir, em vez de gastar todo o dinheiro ganho, demonstra uma maturidade financeira surpreendente para alguém tão jovem. Hoje, aos 14 anos, Felipe é dono de quatro empresas: Cada uma dessas empresas atende a um nicho específico e contribui para a missão de Felipe de disseminar educação financeira e empreendedorismo entre os jovens. Legado Jovem: democratizando a educação financeira O Legado Jovem é uma empresa voltada para a educação, que ensina empreendedorismo e investimentos para jovens. “A gente tem uma comunidade onde o jovem paga uma assinatura e aprende com aulas gravadas”, explica Felipe. Além disso, a empresa desenvolve métodos educacionais para ensinar empreendedorismo nas escolas. “A gente prepara o professor para que ele entenda o que ele vai dar aula. Porque a educação financeira no Brasil é muito complicada, muitas vezes o professor não vai se sentir confiável para ensinar estando endividado.” O Legado Jovem não apenas educa jovens diretamente, mas também capacita professores, criando um efeito multiplicador no ensino de educação financeira. Essa abordagem inovadora tem o potencial de impactar positivamente toda uma geração de estudantes. Kid Investor: compartilhando conhecimento nas redes sociais A Kid Investor é a empresa que gerencia a imagem pessoal de Felipe e seus canais nas redes sociais. Através dela, o jovem empreendedor compartilha conteúdo sobre educação financeira e investimentos para milhares de seguidores. O canal no YouTube e o perfil no Instagram de Felipe são exemplos de como a tecnologia pode ser usada para democratizar o acesso à informação financeira. Ao criar conteúdo em uma linguagem acessível e voltada para o público jovem, Felipe preenche uma lacuna importante no mercado de educação financeira. DOG Produções: transformando ideias em conteúdo audiovisual A DOG Produções é uma produtora que oferece serviços de filmagem, edição e animação. “O principal carro-chefe é a edição. A gente faz uma edição, animação 2D, 3D, de um jeito que é bem legal”, conta Felipe. Esta empresa demonstra a versatilidade de Felipe como empreendedor. Ao expandir seus negócios para além da educação financeira, ele cria novas fontes de receita e adquire habilidades valiosas em produção de conteúdo, que podem ser aplicadas em seus outros empreendimentos. Além do Ensino: levando conhecimento para todo o Brasil A Além do Ensino é a empresa responsável por gerenciar as palestras e parcerias educacionais de Felipe. “Eu vou palestrar, tenho algumas parcerias que já fiz com o Sebrae, viajo ao redor do país para dar palestras tanto em rede pública quanto em eventos de empreendedorismo”, explica o jovem. Através da Além do Ensino, Felipe amplia seu alcance para além do mundo digital, levando sua mensagem diretamente a estudantes e empreendedores em todo o país. Essa exposição não apenas ajuda a disseminar conhecimento, mas também fortalece a marca pessoal de Felipe como uma autoridade em educação financeira para jovens. A importância da educação financeira nas escolas Felipe é um grande defensor da inclusão da educação financeira no currículo escolar. “Eu acho isso um problema muito sério, porque quando a gente começa a ensinar da base, o problema todo do Brasil muda”, afirma. “Educação é a solução de quase todos os problemas de um país. A partir do momento que você educa melhor um povo, essas pessoas têm uma condição melhor de vida, elas são mais felizes, a saúde no lugar é melhor.” O jovem empreendedor critica a falta de prioridade dada à educação financeira nas escolas. “Eu tinha mais de duas aulas por semana de artes, enquanto eu tinha uma de educação financeira. No dia a dia, na prática, não é muito mais útil você aprender sobre educação financeira?”, questiona. Felipe argumenta que a educação financeira deveria ser uma prioridade no currículo escolar, pois afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. Ele ressalta que, enquanto nem todos os estudantes seguirão carreiras em áreas específicas como biologia ou história, todos precisarão lidar com dinheiro em suas vidas. A realidade da educação financeira no Brasil Felipe compartilha sua experiência pessoal com educação financeira na escola: “Ano passado eu tinha coisa de educação financeira porque eu estava no Fundamental 2. Ensino médio não tem nada”. Ele critica a abordagem superficial: “Tinha, mas para cumprir tabela, porque tinha que ter. Eu tinha 45 minutos disso por semana”.

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#11 Fabio Louzada: revolução na educação financeira brasileira

Com mais de uma década de experiência no setor bancário, Louzada lidera hoje uma iniciativa que já impactou mais de 180 mil alunos em busca de conhecimento financeiro Fabio Louzada, fundador da escola de educação financeira Eu Me Banco, compartilhou sua trajetória e visão sobre o mercado financeiro em uma entrevista reveladora ao Pobre Show. Sua história é um testemunho do poder da perseverança e da importância da educação financeira no Brasil. Uma carreira construída nos bancos Nascido no Paraná, mas criado em São Paulo desde o primeiro mês de vida, Louzada teve sua formação na Fundação Bradesco. Essa experiência inicial moldou sua visão sobre o setor bancário e plantou as sementes de sua futura carreira. “Eu ficava na Cidade de Deus, onde fica a sede do Bradesco. Eu ia lá, passeava, via os caras de terno e gravata. Falei, não sei o que eles fazem, mas eu quero fazer isso”, relembra Louzada. Aos 18 anos, ingressou no Bradesco como escriturário, iniciando uma jornada que o levaria a diferentes cargos e instituições financeiras. Sua ambição e dedicação rapidamente o destacaram, permitindo-lhe galgar posições cada vez mais desafiadoras. “Com 20 anos eu virei PJ do banco, então eu visitava as empresas para abrir conta para o Bradesco, para montar minha carteira de pessoa jurídica”, conta Louzada. Sua carreira no setor bancário incluiu passagens por várias instituições, incluindo Bradesco, Santander e Citibank (posteriormente adquirido pelo Itaú). Durante esse período, Louzada acumulou experiência em diferentes áreas, desde o atendimento ao cliente até operações de trading. O nascimento de uma escola financeira A transição de bancário para empreendedor veio em 2019, quando Louzada identificou uma lacuna no mercado: a necessidade de formar profissionais mais qualificados para o setor financeiro. “Tinha uma dor muito grande no profissional. Porque todos os influenciadores, eles treinam quem? Com quem vocês conversam? Com o investidor final. E o cara que atende esse investidor? Tem que melhorar muito”, explica Louzada sobre a motivação para fundar a Eu Me Banco. A escola rapidamente ganhou tração, passando de um faturamento de 400 mil reais em 2019 para 12 milhões de reais no último ano fiscal. Hoje, conta com uma equipe de 30 pessoas, incluindo 8 sócios, demonstrando o rápido crescimento e a demanda por educação financeira de qualidade no país. O futuro da educação financeira Louzada não esconde sua ambição para o futuro. Seu próximo grande projeto é a criação de uma faculdade voltada especificamente para o setor bancário, uma iniciativa que promete revolucionar a formação de profissionais financeiros no Brasil. “Qual é o setor que mais emprega hoje? É banco. E não tem faculdade pra bancário”, argumenta. “Se o seu amigo te fala, ‘ô Duda, eu quero ser bancário’, você vai falar ‘faz certificação, faz economia, ADM’. Eu fiz economia e não casa quase nada com o que o banco fala.” A proposta é criar um curso superior credenciado pelo MEC, com duração de dois a quatro anos, dependendo da modalidade escolhida. O diferencial seria a presença de professores atuantes no mercado financeiro, proporcionando aos alunos uma conexão direta com o setor desde o início de sua formação. A importância do conhecimento e da certificação Louzada enfatiza a importância do conhecimento e das certificações no mercado financeiro. Ele mesmo é um exemplo disso, tendo acumulado diversas certificações ao longo de sua carreira. Certificações mais relevantes no mercado financeiro CPA-10 CPA-20 CEA CFP “Você tem que treinar muito a sua capacidade de raciocínio. Porque quando o bicho pega, você tem que resolver o problema”, afirma Louzada sobre a importância da educação continuada. O futuro do mercado financeiro Louzada vê um futuro promissor para o setor financeiro no Brasil, especialmente na área de assessoria de investimentos. Ele destaca a crescente demanda por profissionais qualificados e a oportunidade de carreira que isso representa. “É só perguntar para as pessoas se ele está satisfeito com o atendimento dele sobre investimentos. Você vê que ainda é muito baixo”, observa Louzada, apontando para o potencial de crescimento do mercado. Perspectivas de carreira no setor financeiro Assessor de Investimentos Especialista em Investimentos em Bancos Trader A filosofia de investimento de Louzada Quando questionado sobre seus próprios investimentos, Louzada revela uma abordagem conservadora, com foco em renda fixa. “Meus investimentos são mais focados em renda fixa. Até porque juros compostos é absurdo. Se você quiser um trabalho de juros compostos, você não precisa ficar correndo atrás de vendendo e comprando ação”, explica. Ele argumenta que, com as taxas de juros atuais no Brasil, é possível obter retornos significativos com menor risco. Além disso, Louzada enfatiza que seu principal investimento é na própria empresa, a Eu Me Banco. O impacto da educação financeira na sociedade Louzada acredita que a educação financeira tem o poder de transformar a sociedade brasileira. Ele argumenta que, com mais conhecimento, as pessoas podem tomar decisões mais informadas sobre seus investimentos e sua vida financeira em geral. “Imagine se todo brasileiro tivesse educação financeira, como não daria para ser muito melhor”, reflete Louzada. Essa visão se reflete na missão da Eu Me Banco, que não se limita apenas a preparar profissionais para o mercado, mas também busca elevar o nível de conhecimento financeiro da população em geral. ** Com sua experiência e visão empreendedora, Fabio Louzada está na vanguarda de uma transformação na educação financeira no Brasil. Seu trabalho na Eu Me Banco não apenas prepara profissionais para o mercado, mas também contribui para elevar o nível de conhecimento financeiro da população em geral. À medida que o setor financeiro continua a evoluir, iniciativas como a de Louzada serão fundamentais para garantir que o Brasil tenha profissionais preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do futuro. Seu exemplo serve de inspiração para aqueles que buscam fazer a diferença no mundo financeiro, mostrando que com dedicação, estudo e visão empreendedora, é possível transformar não apenas a própria carreira, mas todo um setor. VOCÊ JÁ SE INSCREVEU NOS CANAIS DO POBRE SHOW? O Pobre Show é um novo e divertido formato que mistura a conversa

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#10 César e Yo da Econoweek: como investir com segurança e rentabilidade

O mundo dos investimentos pode parecer intimidante para quem está começando, mas existem opções seguras e acessíveis para dar os primeiros passos. Em uma entrevista exclusiva para o Pobre Show, César e Yo, especialistas em finanças e criadores do canal EconoWeek, explicaram em detalhes como o Tesouro Direto pode ser o ponto de partida ideal para novos investidores. Com quase uma década de experiência produzindo conteúdo educativo sobre economia e investimentos, a dupla desmistificou conceitos e ofereceu insights valiosos sobre como começar a construir um patrimônio de forma consciente e estratégica. Entendendo o Tesouro Direto “O Tesouro Direto, na prática, é uma modalidade de investimento em que você empresta dinheiro para o governo”, explica César. Essa definição simples ajuda a compreender a essência desse investimento, considerado o mais seguro do Brasil. Yo complementa: “É como se fosse um grande mercado. Quando você vai ao mercado, tem um monte de produto lá na prateleira, e o Tesouro Direto é assim”. Essa analogia ilustra bem a variedade de opções disponíveis dentro do Tesouro Direto, cada uma com características próprias para atender diferentes objetivos financeiros. “O Tesouro Direto é como um grande mercado de investimentos, com opções para todos os perfis e objetivos.” Os principais tipos de Tesouro Direto Tesouro Prefixado O Tesouro Prefixado é uma opção para quem busca previsibilidade. “Ele já vai te falar: vou pagar 10% ao ano, 12% ao ano”, explica Yo. Essa taxa é garantida se o investidor mantiver o título até o vencimento, proporcionando segurança e planejamento a longo prazo. Tesouro Selic Para quem prioriza liquidez e segurança, o Tesouro Selic é uma excelente escolha. “Ele acompanha a rentabilidade da Selic”, diz César. Isso significa que a rentabilidade varia conforme a taxa básica de juros da economia, oferecendo proteção contra oscilações do mercado. Tesouro IPCA O Tesouro IPCA é ideal para proteger o poder de compra do investidor a longo prazo. “No Tesouro IPCA, você empresta dinheiro para o governo e ele se compromete a te pagar lá no vencimento um juro fixo, em torno de 6% ao ano atualmente, mais a variação da inflação”, detalha Yo. Tesouro Renda+ Uma novidade no mercado, o Tesouro Renda+ é voltado para quem planeja a aposentadoria. “Em vez de você receber lá no vencimento tudo, ele vai te pagar uma renda extra mensal durante 20 anos”, explica César, destacando o potencial desse investimento para gerar uma renda complementar no futuro. Desmistificando o investimento Um dos principais obstáculos para novos investidores é o medo do desconhecido. César e Yo enfatizam a importância de começar, mesmo que com valores pequenos. “Com R$30, você já pode começar a investir no Tesouro Direto”, afirma César. Yo complementa: “Não precisa ser 8 ou 80. Se a pessoa tem mil reais pra investir e ela tá com medo, coloca 30, coloca 100. Aos pouquinhos vai, sabe?” “O segredo é começar, mesmo que com pouco. O aprendizado vem com a prática.” Educação financeira na prática A dupla ressalta que o aprendizado real vem da prática. “Você aprende a investir botando o seu dinheiro lá”, diz César. Essa experiência prática é fundamental para entender os mecanismos do investimento e ganhar confiança. Yo acrescenta: “Quando você coloca o seu dinheiro ali, além de você ver de fato como o investimento funciona, tem um lance que é você correr atrás da informação”. Esse processo de busca por conhecimento, motivado pela experiência real, é crucial para o desenvolvimento financeiro. Segurança e rentabilidade: o equilíbrio ideal Ao definir um investimento seguro e rentável, Yo destaca: “É um investimento que não promete milagre. É um investimento que tá alinhado ali à taxa Selic”. Essa perspectiva realista é essencial para evitar armadilhas financeiras e construir um patrimônio sólido ao longo do tempo. César complementa com uma reflexão importante: “Antes de olhar essa primeira função da rentabilidade, ver quanto que vai dar de dinheiro pra você sem que você tenha que fazer nada, a não ser economizar essa grana e investir num lugar seguro e rentável, é que a grana por si só que você economiza, ela te traz segurança”. Planejamento e metas: a chave do sucesso Uma das dicas mais valiosas compartilhadas pelos especialistas é a importância de estabelecer metas claras. “O que a gente vê é que a maioria das pessoas que começam a guardar sem pensar, pensa ‘vou usar pra trocar a TV, vou usar pra viajar, vou usar pra comprar uma casa’, acaba desistindo no meio do caminho”, observa Yo. A estratégia sugerida é quebrar as metas em etapas menores e celebrar cada conquista. “Chegou nos 10 mil, compra uma caixinha de doce pra você se recompensar”, sugere Yo, enfatizando a importância de reconhecer o progresso e manter a motivação. “Estabeleça metas claras e celebre cada conquista, por menor que seja. Isso mantém a motivação em alta.” Cuidados e armadilhas a evitar Os especialistas alertam sobre alguns erros comuns que os investidores iniciantes devem evitar: Impaciência César alerta: “A galera às vezes tem pressa, fala ‘ah, não, eu vou investir naquele retorno garantido de 6% ao mês ali’. Tá entrando numa baita duma pirâmide, vai perder todo o dinheiro”. Falta de planejamento Investir sem um objetivo claro pode levar à desmotivação. É fundamental ter metas específicas e um plano para alcançá-las. Negligenciar a reserva de emergência Antes de investir em opções mais arriscadas, é crucial estabelecer uma reserva de emergência em investimentos de alta liquidez, como o Tesouro Selic. Cair em golpes Yo alerta sobre a importância de verificar a autenticidade dos perfis nas redes sociais e desconfiar de promessas de retornos extraordinários. O futuro dos investimentos Olhando para o futuro, César e Yo compartilharam seus planos para o canal EconoWeek, que incluem o lançamento de um e-book sobre Tesouro Direto e a possibilidade de oferecer mentorias mais personalizadas para investidores. A mensagem final dos especialistas é clara: começar a investir é o passo mais importante. Com educação financeira, planejamento e uma abordagem cautelosa, qualquer pessoa pode construir um futuro financeiro mais seguro e próspero. Para aqueles inspirados a dar

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9# Tubarão da Bolsa revela segredos do sucesso financeiro no Pobre Show

Luan Onofre, conhecido como o “Tubarão da Bolsa“, compartilhou suas experiências e conselhos sobre finanças e investimentos em uma entrevista exclusiva para o Pobre Show, programa apresentado pelo nosso querido Primo Pobre. Com mais de 190 mil seguidores no Instagram e um canal no YouTube dedicado a ensinar estratégias de investimento, Luan trouxe insights valiosos para quem busca melhorar sua saúde financeira e conquistar independência financeira. Da periferia para o mundo dos investimentos Nascido e criado na Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo, Luan teve uma infância simples, mas repleta de aprendizados. Filho de um pequeno comerciante, ele aprendeu desde cedo o valor do trabalho e do dinheiro: “Meu pai tinha um mercadinho e me ensinou muito sobre empreendedorismo. Ele pegava um Danoninho e dizia: ‘Luan, se você comer um desses, o pai tem que vender 10’. Isso ficou na minha cabeça e me fez ter muita consciência sobre o valor das coisas”, relembra o investidor. Essa mentalidade o acompanhou em sua jornada profissional, que incluiu trabalhos como taxista, recepcionista de hotel e até mesmo tentativas empreendedoras como uma loja de quadros e um bar. Foi em 2019, no entanto, que Luan encontrou sua verdadeira vocação ao criar o canal Tubarão da Bolsa. “Eu comecei um canal com o meu nome mesmo no Instagram e comecei a falar sobre investimentos. Acabei conhecendo bastante pessoas e nessa época, eu trabalhava de taxista em uma empresa de construção civil.” A transição para o mundo dos investimentos não foi imediata. Luan conta que sua formação acadêmica é em construção civil, tendo estudado engenharia, embora não tenha concluído o curso. No entanto, sua experiência em áreas exatas o ajudou a compreender melhor o universo financeiro. O crescimento do mercado de investimentos no Brasil Luan destacou o significativo aumento no número de investidores na bolsa de valores brasileira nos últimos anos. Segundo dados apresentados, o número saltou de 587 mil em 2012 para impressionantes 5,8 milhões em 2023. Apesar do crescimento expressivo, isso ainda representa menos de 3% da população brasileira, um número muito aquém do observado em países como os Estados Unidos, onde 58% dos adultos investem na bolsa. “Parece que todo mundo investe, mas na realidade o número ainda é muito baixo. Aumentou muito por conta dos influenciadores, principalmente o Tiago Nigro e a Nathalia Arcuri, que foram os primeiros a estourar. E depois na sequência vem você, vem outros aí também, que vêm trazendo o acesso e mostrando que é fácil”, explica Luan. O especialista atribui esse crescimento à maior facilidade de acesso à informação e à democratização dos investimentos. “Hoje, com R$10, você pode ter um ativo gerador de renda para o resto da sua vida. É uma ação que você pode comprar da Itaúsa, da Sanepar, do Banco do Brasil. São empresas que geram renda e vão gerar renda pro resto da sua vida com R$10”, enfatiza. Dicas para iniciantes no mundo dos investimentos Para aqueles que ainda têm medo de começar a investir, Luan oferece conselhos práticos: Comece com pouco “R$30 não vai fazer falta para você. Ou, se fizer falta, você tem que fazer uma renda extra, fazer alguma coisa para começar a investir.” Luan ressalta que o importante é dar o primeiro passo. Mesmo que o valor inicial seja pequeno, o hábito de investir regularmente pode fazer uma grande diferença a longo prazo. Diversifique “Nos investimentos, mesmo você tendo pouco ou muito, o que vai te proteger vai ser a diversificação. É como se fosse um time. Você tem que ter o Neymar, você tem que ter o Pedro para fazer gol, mas você tem que ter ali o meio campo, tem que ter os laterais, tem que ter o zagueiro.” A diversificação é fundamental para reduzir riscos e aumentar as chances de retorno consistente. Luan sugere investir em diferentes classes de ativos, como ações, fundos imobiliários e renda fixa. Invista em conhecimento Luan ressalta a importância de estudar e entender o mercado antes de fazer grandes movimentações. Ele incentiva os iniciantes a buscarem informações confiáveis, acompanharem canais especializados e, se possível, fazerem cursos sobre investimentos. Estratégias de investimento e análise de empresas Durante a entrevista, Luan compartilhou algumas de suas estratégias de investimento e como ele analisa empresas para decidir onde investir. Ele mencionou a importância de investir em empresas “perenes”, que são aquelas com histórico sólido e que tendem a resistir a crises econômicas. “O Barsi prega muito sobre setores perenes. Tem a Klabin, por exemplo. É uma empresa que tem mais de 100 anos. Qual que é a probabilidade de uma empresa que tem mais de 100 anos dar errado? É muito baixa. Ela já passou por ditadura, já passou por guerra. Sobreviveu a tudo.” Luan também falou sobre a diferença entre Blue Chips (empresas grandes e consolidadas) e Small Caps (empresas menores, mas com potencial de crescimento), explicando que cada tipo de ação tem seu papel em uma carteira diversificada. O futuro dos investimentos e a importância da educação financeira Olhando para o futuro, Luan se mostra otimista quanto ao cenário de investimentos no Brasil. Ele acredita que, com a mudança de mentalidade das pessoas em relação ao dinheiro e aos investimentos, o país tem potencial para estar em uma situação muito melhor em 10 anos. O “Tubarão da Bolsa” também enfatiza a importância da educação financeira desde cedo. Pai de uma menina de dois anos, ele já começou a investir para o futuro dela e compartilha essa jornada com seus seguidores: “Estou começando a comprar ações que pagam dividendos e fundos imobiliários para ela. Toda semana ou a cada 15 dias, estou tentando colocar R$500 ali. E faço o pessoal acompanhar no canal.” Luan acredita que essa abordagem não apenas garante um futuro financeiro mais seguro para sua filha, mas também serve como exemplo para outros pais que desejam iniciar um planejamento financeiro para seus filhos. Criptomoedas e novos investimentos Além dos investimentos tradicionais, Luan também abordou o tema das criptomoedas. Ele reconhece o potencial desse mercado, mas adverte sobre

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8# Hermann Greb: tudo sobre day trade

Hermann Greb, trader profissional há mais de 20 anos, revela os segredos do mercado e como transformou R$2.500 em R$1 milhão durante a pandemia O mundo do day trade fascina muitos brasileiros com a promessa de ganhos rápidos e uma vida de liberdade financeira. Mas será que essa realidade é acessível a todos? Para entender melhor esse universo, conversamos com Hermann Greb, um dos traders mais bem-sucedidos do país, que compartilhou sua jornada, insights valiosos e alertas importantes para quem deseja seguir esse caminho. De Pirituba para o mundo Nascido em Pirituba, São Paulo, Hermann Greb teve uma infância típica de classe média. Sua conexão com o mercado financeiro começou cedo, quando sua mãe, diretora do Centro Cultural de São Paulo, o levou para conhecer a Bolsa de Valores. Naquela época, o pregão ainda era feito no tradicional sistema viva-voz, com corretores gritando suas ofertas. “Eu gostei, falei ‘mãe, o que é isso daqui?’. Sempre tive a veia empreendedora, nunca tive o apetite de ser mandado ou de trabalhar pra alguém”, relembra Greb. Sua jornada no mercado financeiro começou de fato em 2001, quando investiu US$8.000 que trouxe de um estágio no exterior. O início foi desafiador: “No começo eu levei uma porrada grande. Eu perdi uns 8 mil dólares que eu trouxe de fora nesse estágio que eu fiz. Meu pai tinha um Palio Weekend, vendemos por 21 mil reais. Quase perdi todo esse dinheiro.” Esse revés inicial não o desanimou. Greb continuou estudando e aprimorando suas técnicas, eventualmente tornando-se trader para grandes bancos e instituições financeiras. O day trade é para todos? Uma das questões mais polêmicas sobre o day trade é sua acessibilidade. Muitos vendem a ideia de que qualquer pessoa pode começar a operar e obter lucros expressivos rapidamente. Greb, no entanto, faz um alerta importante: “O mercado é democrático, certo? O mercado é democrático, não tem um filtro pra chegar lá. Aí o que acontece? Por conta disso e por conta da nossa sociedade, chegam alguns caras dentro do mercado que não tem conhecimento, que perdeu o emprego, que faliu, que fez um monte de coisa achando que o mercado vai tirar, vai ser a salva da colheita dele. E aí toma na cabeça, porque não tem conhecimento, não sabe o que tá fazendo.” Ele enfatiza que o day trade é uma profissão séria, que requer estudo, prática e disciplina: O que é preciso para ser um trader de sucesso? Conhecimento técnico: É fundamental entender profundamente os mercados, os ativos com os quais se opera e as ferramentas de análise. “Você precisa entender essa relação, mas isso é tempo de tela e tem que praticar o correto. Tem gente que está praticando uma coisa errada e vai aprender errado e para tirar o viés é difícil.” Subconsciente treinado: Greb ressalta a importância de treinar o subconsciente para tomar decisões rápidas e acertadas no mercado. “Aquilo lá entra na gente. E aqui é uma profissão séria. […] Você repetiu várias vezes, aquilo enraizou em você.” Controle emocional: O aspecto psicológico é crucial no day trade. Saber lidar com perdas e ganhos sem se deixar levar por emoções é essencial. “É 80% da performance. […] O mercado é muito subconsciente treinado, ele é muito emocional.” Conquista de mérito gradual: Greb recomenda começar com pequenos valores e ir aumentando gradualmente, à medida que se ganha experiência e confiança. “Você tem que conquistar mérito. O que é conquistar mérito? É você ir devagarzinho. Vai devagar. Vai aumentando.” Os riscos e armadilhas do day trade Apesar do potencial de ganhos significativos, o day trade também apresenta riscos consideráveis. Greb alerta para algumas armadilhas comuns: Expectativas irrealistas Muitos iniciantes esperam resultados rápidos e expressivos, sem considerar o tempo e esforço necessários para se tornar um trader consistente. “Agora, ele começa hoje o day trade, ele acha que vai começar a ganhar dinheiro daqui um mês, daqui dois, daqui três? Pô, show de bola. Mas ele entra hoje na faculdade, daqui três ele já pode fazer cirurgia em alguém? Pô, caraca, que isso.” Falta de preparação Entrar no mercado sem o conhecimento adequado pode levar a perdas significativas e traumas emocionais. “Como o mercado não perdoa quem não tem conhecimento, mas ele permite que quem não tem conhecimento entre, destrói o cara, arrebenta a pessoa.” Autossabotagem Mesmo com conhecimento, muitos traders acabam se sabotando por não seguirem suas próprias regras e estratégias. “Autossabotagem é o cara que precisa fazer uma coisa, mas não faz. […] Aí o cara põe o stop e faz tudo bonitinho, mas na hora que o mercado vem em conta ele muda o stop.” O estilo de vida de um day trader Uma das atrações do day trade é a promessa de liberdade e flexibilidade. Greb confirma que é possível alcançar esse estilo de vida, mas ressalta que é resultado de muito trabalho e disciplina. “O ano passado, eu fui com a minha família pra Costa do Sauípe em janeiro. Quando foi em abril, eu fui pra Gramado. Quando foi em julho, eu fui pra Londres, fui pra Paris, fui pra Madrid e voltei. […] Você acha que eu não operei? Operei de todos esses lugares que eu fui.” Ele recomenda um máximo de 3 horas diárias de operação para manter o foco e a qualidade das decisões: “O meu aluno, eu ensino ele que ele tem que ter no máximo 3 horas de tela. […] Mais do que 3 horas, cara, não vai dar bom. Não vai ter jeito.” Como escolher um mentor no day trade Com tantos cursos e mentores disponíveis no mercado, Greb oferece três critérios para escolher um bom educador: Resultados consistentes O mentor deve demonstrar resultados reais e consistentes em suas próprias operações. “Primeira coisa, e mais importante é, o cara tem resultado, porque você vê caras grandes, de um milhão de seguidor no meu nicho aí. Você vê gente com 300, 400 mil, mas cadê o resultado? Procura o resultado.” Experiência profissional É importante verificar a bagagem e experiência do mentor

TUMB PROGRAMA POBRE SHOW IRAMOS VALLIM
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#7 Irmãos Valim revelam segredos para sair da extrema pobreza no Pobre Show

Empreendedorismo desde cedo e foco em programas sociais são algumas das dicas compartilhadas pelos criadores de conteúdo Em uma entrevista descontraída e repleta de insights valiosos, os irmãos Jeferson, Matheus e Felipe Valim participaram do Pobre Show, programa comandado pelo influenciador Primo Pobre. Os jovens empreendedores, conhecidos por seu canal no YouTube focado em programas sociais e benefícios públicos, compartilharam suas experiências e dicas para quem busca melhorar de vida. Do bolo no pote ao sucesso online A história dos irmãos Valim é um exemplo inspirador de superação e empreendedorismo. Desde muito jovens, eles aprenderam a importância de buscar alternativas para aumentar a renda familiar. Felipe, o caçula, começou a empreender aos 12 anos, vendendo doces e lanches naturais nas ruas de sua cidade. “Eu lembro que eu cheguei no Matheus e perguntei, que eu queria vender, apresentei um projetinho lá pra ele, aí ele me emprestou R$10”, conta Felipe sobre o início de sua jornada empreendedora. Essa experiência não apenas ajudou a família financeiramente, mas também serviu como base para o futuro canal no YouTube, onde os irmãos compartilham informações sobre programas sociais e dicas para quem está em situação de vulnerabilidade econômica. Os programas sociais do Brasil Cadastro único: a porta de entrada para os benefícios sociais Os irmãos Valim explicaram detalhadamente como funciona o Cadastro Único, sistema que permite o acesso a diversos programas sociais do governo. Para se cadastrar, é necessário ter renda de até meio salário mínimo por pessoa da família. Bolsa família: o carro-chefe dos programas sociais Jeferson Valim detalhou as regras do Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do governo federal: Regras do bolsa família Renda máxima por pessoa A renda por pessoa da família deve ser inferior a R$ 218. “Isso significa que uma família de quatro pessoas, por exemplo, não pode ter renda total superior a R$ 872 para se qualificar,” explica Jeferson. Valor mínimo do benefício O valor mínimo é de R$ 600 por família. “Este valor base garante um suporte mínimo, mesmo para famílias menores,” ressalta Matheus. Adicional para crianças Há um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. “Este adicional é fundamental para apoiar famílias com crianças pequenas, que geralmente têm mais despesas,” comenta Felipe. Adicional para jovens e gestantes A partir de junho, haverá um adicional de R$ 50 para jovens de 7 a 18 anos e gestantes. “Esta mudança reconhece as necessidades específicas de adolescentes e mulheres grávidas,” afirma Jeferson. Os entrevistados também mencionaram outros benefícios relevantes: Programas sociais complementares Tarifa social de energia elétrica Oferece desconto na conta de luz para famílias de baixa renda. “Este programa pode reduzir significativamente as despesas mensais das famílias,” explica Matheus. BPC (benefício de prestação continuada) Auxílio para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência. “O BPC garante um salário mínimo mensal, o que pode ser um grande alívio para essas famílias,” destaca Jeferson. Vale gás Auxílio bimestral para compra de botijão de gás. “Este benefício ajuda a garantir que as famílias possam cozinhar suas refeições, algo essencial mas muitas vezes negligenciado,” comenta Felipe. Estratégias para sair da extrema pobreza Os irmãos Valim compartilharam valiosas dicas para quem busca melhorar sua situação financeira: Mentalidade de crescimento É importante desenvolver uma mentalidade voltada para o crescimento e não ficar dependente apenas dos benefícios sociais. Os entrevistados enfatizaram a relevância de ver os programas como um impulso para buscar melhorias, e não como um fim em si mesmo. “A nossa alegria é quando o cara sai [do programa social]”, afirma Jeferson, destacando que o objetivo deve ser sempre evoluir e não depender eternamente dos benefícios. Foco no aumento da renda Para quem está em situação de extrema pobreza, o primeiro passo é buscar formas de aumentar a renda imediatamente. Os irmãos Valim sugerem observar oportunidades no ambiente ao redor e não depender apenas de empregos formais. Consertar o presente antes do passado Diferentemente das dicas financeiras convencionais, os entrevistados recomendam que pessoas em situação de extrema pobreza foquem primeiro em resolver questões urgentes do presente, como comprar itens essenciais e pagar contas básicas, antes de se preocupar com dívidas antigas. Lições de empreendedorismo e vida Além das dicas práticas sobre programas sociais, os irmãos Valim compartilharam valiosas lições de vida e empreendedorismo: Os três irmãos enfatizaram como o trabalho desde jovens os ajudou a desenvolver habilidades importantes e a valorizar o dinheiro. Felipe, por exemplo, começou a vender doces aos 12 anos, uma experiência que o ensinou sobre responsabilidade e gestão financeira. “Com 10 reais eu fiz uns 50. De um dia pra outro, assim. É, foi questão, tipo, menos de uma semana eu já tava com esses 50 na mão”, relembra Felipe sobre seus primeiros ganhos. Jeferson e Matheus, ambos casados, falaram sobre como o matrimônio os impulsionou a crescer e assumir mais responsabilidades, acelerando seu desenvolvimento pessoal e profissional. “Quando você toma esse tipo de decisão, te força a crescer. E às vezes o pessoal tem esse preconceito ou essa ideia de que, não, você tem que casar depois que você tá com a vida toda construída”, explica Matheus. Os entrevistados relataram situações de preconceito que enfrentaram ao empreender, mas ressaltaram a importância de superar a vergonha e persistir nos objetivos. “Feio é você estar roubando, fazendo alguma coisa mentindo. Quem está ali ajudando não importa o que você vai fazer”, afirma Jeferson. Esta história ilustra como a perseverança e a fé podem superar momentos difíceis e preconceituosos. Dicas práticas para empreender com pouco Os irmãos Valim compartilharam algumas ideias práticas para quem quer começar a empreender com pouco dinheiro: Venda de doces e lanches Felipe começou vendendo balas e depois evoluiu para bolos no pote e lanches naturais. “Comecei com R$10 em balas e em uma semana já tinha R$50. É um começo pequeno, mas que pode crescer rapidamente,” explica Felipe. Revenda de frutas em porções Jeferson mencionou o exemplo de comprar uma melancia inteira e revender em fatias, multiplicando o lucro. “Uma melancia que custa R$20 pode render até

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